quarta-feira, 13 de julho de 2011

Pais permissivos, filhos dominadores


Quase toda criança em algum momento da infância terá um período alimentar difícil, alertam os pediatras. A recusa a alimentos pode começar na transição da papinha para o alimento sólido. Em geral piora aos 2 anos, quando o ritmo de crescimento diminui, e se torna mais crítica quando a criança percebe a importância que os pais dão ao prato de arroz com feijão. Costuma melhorar depois da fase pré-escolar, que vai até os 6 anos. Mas pode se estender até o ínicio da adolescência. A duração e a intensidade dessa fase dependem não só do temperamento e da sensibilidade da criança, mas, sobretudo, da maneira como a família trata essa rejeição.
Um estudo da Universidade de San Diego mostra que esse fenômeno da infância, chamado neofobia alimentar, pode levar a hábitos adultos pouco saudáveis. O pai que cede aos desejos do filho faz com que a criança passe a exigir os alimentos que prefere. O principal conselho dos especialistas é não se exaltar ou chantagear a criança para que ela coma ( coisa do tipo “ Só vai brincar se raspar o prato” ou “ Compro o brinquedo que você quizer”). Também não se deve substituir o prato de comida pelo sanduíche ou pela batata frita. Na primeira vez, aceite o não da criança. Ela não ficará desnutrida por ficar um dia sem almoçar.
Uma boa tática é variar o preparo das refeições. A cenoura que a criança rejeitou cozida deve ser oferecida ralada, em miniatura ou em bolinhos. Além disso, os pais devem dar o exemplo. Muitas vezes querem obrigar os filhos a ingerir legumes e verduras sendo que eles próprios não os comem.

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